O maior Film Festival do mundo correu fantabulásticamente! Deu imenso trabalho, tirou-nos muitas horas de sono, mas funcionou: tivemos fabulosos filmes e um fabuloso público - já agora, de onde vieram todas aquelas raparigas bonitas? E teve muito mais, desde entrevistar um camaraman para um possível workshop que, percebemos depois, trabalhava para a Al Jazeera, até explicar a uma equipa concorrente que sim, que poderiam vir buscar o tema do filme mais tarde, assim que o membro ferido saísse do hospital e que o carro fosse rebocado...A festa foi linda, pá! We did it, A.- thanks!
Estás no cimo da Acrópole e olhas para um lado...
...e depois para outro...
Nunca vi uma cidade como Atenas: quatro milhões de pessoas numa cidade super compacta e continua - só hesita mesmo nas encostas dos montes que rodeiam a cidade. Chega-se à Acrópole e vê-se cidade de todos os lados. Sempre igual, beije, cinco ou seis pisos, sem áreas vazias, nem verdes. A minha visão não alcança o fim. Também não sinto caos, somente poucas regras. Os transportes públicos sempre cheios, mesmo às quatro da manhã. Bancas de jornais abertas e a vender às duas da manhã. As lojas de ferragens às seis. Carros sempre e em todas as ruas. E pessoas, essencialmente muitas pessoas.
Os gregos vivem nas varandas. Practicamente todas as casas têm varanda. E os prédios também. Normalmente, continuas ao longo de toda a fachada. Por vezes suficientemente largas para nelas colocarem mesas, cadeiras e outros móveis.
Não há marquises aqui.
Num café à entrada da Acrópole, um cidadão espanhol, zangado, para a esposa:
- Increíble! Aquí para entenderte tienes que hablar inglés. Y hablar bien como los chinos!
Este diálogo faz me rir. As dificuldades dos espanhois falarem outra lingua para além do castelhano - e outras linguas regionais - é bem conhecida e real aqui ao lado. Mas penso também na maquina que se está a tornar a Espanha: neste momento já uma grande potência económica europeia e num futuro bem próximo, segundo as projecções, estará ao nível da França e Itália, e bem próximo da Alemanha.
Resultado disto é que por toda a Europa se encontra uma forte presença de turistas espanhóis. Em Atenas isto é notório - juntamente com a população nipónica, é claramente a nacionalidade em maioria.
Isto de escrever num teclado grego com um windows e internet explorer cheio de segredos nao deixa de baralhar a mente mais tolerante: por isso, as notas desta terra vao ter que ser escritas em papel e postados preferencialmente ja na terra do Vasco da Gama.
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