Os italianos, esclarece-me P., designam a salada de fruta por “macedónia” devido à confusão de etnias "tudo ao molho" daquele país.
Motos, muitas mesmo, Smarts e outros micro carros são o recurso desta gente para se deslocarem. Depois há os transportes públicos, com os autocarros (muitos corredores Bus), os geniais micro-autocarros eléctricos Gulliver que até percorrem as áreas pedonais, o eléctrico propriamente dito e a (fraca) rede de metro (somente duas linhas, uma terceira em construção). À minha frente, um sujeito de moto bate contra a porta de um táxi. Dão dois gritos e esbracejam; depois, seguem as suas vidas.
Em Roma há pinheiros em jardins e nos passeios das ruas. A caruma espalhada pelo chão da cidade é algo de grandioso.
Quem considera que comer muita massa e pizza faz engordar devia olhar bem para as italianas.
A melhor cozinha. Excelente vinho. Má cerveja. Bem feito.
...mas não era tudo ainda.
E final de dia em grande só mesmo o condutor do reboque da assistência em viagem ter-se enganado no local de descarga do carro e o ter deixado numa oficina errada. Assim mesmo, à Monty Python!
Disse que tinha lá bandeiras da Nissan à porta e que, por isso, deixou lá o carro – “eu deixei ele lá na Nissã”, dizia o condutor brasileiro quando ninguém ainda encontrava o carro, e que “era a rua que o senhô me indicou e tinha bandeira na porta”. O nome da oficina não importa para nada, claro.
Bem, pelo menos no final do dia o carro já tinha aparecido e até já reconhecia o dono e tudo. Fiquei feliz, claro.
(…)
- Se tem essa luz acesa, é porque o carro se bloqueou para não ser roubado.
- Como? Roubado? Mas era eu! Era a chave do carro!
- Pois, mas deve ter dado um erro no sistema.
- ...
- Está a perceber? A chave tem um código e esse código da chave bloqueou o carro para auto-defesa. Temos que fazer reset do sistema.
- ...
- Está-me a perceber?
- Bem, sim, estou, estou a perceber. Então e agora?
- Agora tem que chamar um reboque e trazer para cá o carro. Traga todas as chaves que tiver.
- Muito obrigado. Vou ligar à assistência em viagem e pedir para levarem o carro para aí. Muito obrigado.
Mas não era tudo ainda…
Já me tinham contado coisas estranhas, por vezes estranhíssimas mesmo, daquelas em que não acreditamos nem à terceira vez que nos dizem, mesmo quando aquele que nos fala é o nosso maior amigo, daquelas coisas que falam de visões de objectos voadores, de animais com sete cabeças, que nos afiançam que o Santana é uma grande músico. Desse tipo de coisas.
Hoje porém foi demasiado ridículo: disseram-me que o meu carro não ligava porque pensava que eu o queria gamar. Assim. Tal e qual. Até doeu na alma ouvir aquilo. Eu a gamar o meu carro e ele, coitado, a proteger-se. Como se atrevem pensar em tal coisa?
Oh dear HAL 9000, it’s me, it’s just me.
Free yourself from paranoid freakouts once and for all with this little beauty!
(não percam o filme promocional).
As fotos são do meu amigo Pedro Guimarães e, como do costume, são um trabalho brilhante - Parabéns, pá!. Já comprei e aconselho a todos que façam o mesmo. Depois não digam que não avisei.
(mais informação sobre o vulcão e as celebrações dos 50 anos daquele atribulado ano de '57 no Faial podem ser consultadas aqui)
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