Assassinatos a sangue frio. Vingança. Grupos rivais. Rajadas de metralhadoras. Rua Fonte dos Arrependidos. A estória até começa a ser interessante, mas, convenhamos, com personagens de nome "Aurélio Palha" ou "Berto Maluco" isto perde todo o glamour.
A China recentemente iniciou a invasão a Africa. Especialmente Angola, onde estão a construir grandes infraestruturas de transportes por troca pelo petróleo. No entanto, a tarefa não está a ser nada fácil. A Newsweek desta semana traz uma excelente reportagem sobre algumas destas dificuldades: campos minados, língua diferente e uma grande crispação cultural (“Africans and Chinese think differently”). Há trocas de insultos de parte a parte (“both sides accuse the other of looking or behaving like monkeys or pigs”) e os angolanos até acusam os chineses de lhes andarem a comer os cães.
(e os amigos do rio Cuanza também já notam pela falta dos pobres animais?)
Sábado de manhã. Acordo. Bem, mais ou menos.... A noite de sexta foi longa e teve cerveja. Não me consigo levantar. Preguiça. Estico um braço, ligo a rádio. Faço zapping. Ao escutar umas vozes, paro. O ideal para continuar na cama. Percebo rapidamente que quem fala é o nosso D. Duarte. Aquela voz não engana. Fala das coisas do costume. De como Portugal é bonito. E a agricultura saudável. Deixo-me estar. Depois o jornalista pergunta-lhe o que acha da entrada da Turquia na Europa. Responde que a Turquia é um país simpático, com uma História muito rica, mas que tem um grande problema: tem muitos turcos! E dá uma pequena gargalhada. Fico confuso. Eu não ouvi aquilo. Eu não ouvi aquilo daquela forma. Com certeza que não, eu estava a dormir. ACORDA!! Aquilo desperta-me. “Que cena estranha!”, penso. A entrevista prossegue. Não sei muito bem porquê, começa a falar de petroleiros e, rapidamente, acusa os condutores dos petroleiros de bêbados e diz que as tribulações destes enormes cargueiros só dormem. Vai daí, esbarram-se contra as rochas. Abro os dois olhos. Pergunto-me: “Mas que raio se passa aqui?”. ACORDA, PÁ!! Levanto-me e vou a correr tomar banho.