O Championship Manager até já é um bom jogo de estratégia de futebol: permite fazer a total gestão das contratações, dos treinos, das equipas e das substituições; a partir da versão 2007, permite inclusive “conversas de balneário” para motivação dos jogadores (dizem que assim é mais fácil dar a volta aos resultados) e reprimendas individuais a jogadores ("Marreta!!"). Mas continuava ali a faltar algo… Vai daí, um grupo de pessoas, reunidas no site My Football Club, sob o lema own the club and pick the team, decidiu fazer uma vaquinha e comprar um clube a sério. E refiro-me a comprar um clube mesmo, desses que jogam domingo a domingo, que tem jogadores, treinador, campo de futebol e até adeptos. Cada membro (neste momento, já mais de 20 mil) pagou 35 libras e, com o dinheiro realizado, compraram o Ebbsfleet United, clube inglês da 5ª divisão. Agora, os jogadores/ donos do clube são os únicos responsáveis pela sua gestão, desde as contratações, à táctica a utilizar e ao 11 inicial para cada jogo. A ideia é o treinador somente obedecer às ordens dos jogadores/ donos, que irão controlar todas as decisões por voto através do site. O objectivo neste momento é ter mais investidores (para interessados, comprar aqui), para se conseguir dinheiro para reforçar a equipa para a próxima época e, no futuro, o clube jogar na Premiership. É o jogo perfeito!
As notícias de que o próximo rali Dakar (o que significará “Dakar”?) poderá emigrar para a América do Sul não são nada boas. Aquele território não é para Paris-Dakares ou Lisboas-Dakares ou lá como raio aquilo se chama. Aquele território não é para os betinhos brincarem a aventureiros nos seus jeeps trezentos cavalos. E nos camiões. Nem para todo aquele circo. Principalmente, o espaço que se fala – a fronteira entre Argentina e Chile - porque lá é o território sagrado da Ruta 40, que segue sempre entre a cordilheira dos Andes e o deserto argentino, onde há rectas de 50 km e poços de petróleo e cidades em oásis. Afastam-se dos rios que se criam do degelo dos Andes e descem abruptamente até à planície seca argentina e aí tornam as terras férteis (bom vinho) e habitáveis (Mendoza, San Rafael). Afastem todo esse ruído desse território porque não é vosso. Esse território pertence aos vaqueiros da Patagónia. Pertence aos chilenos e argentinos que diariamente atravessam a fronteira no expresso El Rápido, que só pára bem lá no topo dos Andes, perto dos três mil metros, onde é passado a pente fino pela polícia fiscal, enquanto os passageiros aproveitam para comer uma quente sandes de lomo e panchos. Aquele território pertence aos camionistas que diariamente atravessam a fronteira, serpenteando naquelas vias geladas e sem protecções. Pertence ao escritor austríaco que lá conheci e que por lá vive porque não gosta da Europa (que estará a escrever?). Pertence aos trabalhadores que escavam um interminável túnel entre a região de Mendoza e o Chile, para assim se poder fugir à neve e se colocar o vinho de Mendoza nos portos do Pacífico. Aquilo pertence às mulheres bonitas que correm pelo final da tarde no enorme parque de Mendoza, que a comunidade italiana ali criou quando chegou.
Meus caros: e que tal gastar o dinheiro do Euromilhoes para outra banda?
Descobri agora este fabuloso site, com imagens como destas 1, 2, 3, 4 e muito, muito mais.
Este blog fica muito mais arrumadinho com o Mozilla, que, além de mais bonito, não parte os flash (como o IE aqui e aqui). Download grátis aqui para Mac e Windows. Não há desculpas.