Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2007

ahmedinejad



Primeiro disse que Israel deveria ser apagado do mapa. Assim, com as letras todas, de uma forma que até os muitos inimigos de Israel não se atreviam a dizer. Depois, organizou um concurso de cartoons sobre o Holocausto (a pretexto da publicação de cartoons sobre Maomé num jornal dinamarquês). Em Dezembro passado, foi a vez de promover um “congresso” internacional sobre (a inexistência) do Holocausto – defendiam então que há diferentes “perspectivas de pensamento” que negam o Holocausto e que devem ser ouvidas. Tudo, portanto, uma questão de “perspectiva”. E quem esteve por lá a falar do Holocausto? Os do costume: a extrema-direita, onde nazis e membros do klu klux klan americano se destacavam, e alguma extrema-esquerda. Curioso aqui a extrema-esquerda que, com seu anti-americanismo tão em moda, se junta a quem está contra os americanos e, por tabela, contra os seus aliados. Aqui, é Israel o elo mais fraco. (Pensemos no grande libertador Chavez e na sua visita recente ao Irão). Como oradores e participantes, algumas distintas e curiosas personalidades: entre o líder do kkk e amigos, um palhaço da extrema-direita portuguesa e Nuno Rogeiro (que entretanto, já em Teerão, desistiu de ir palestrar ao “congresso”, onde já tinha discurso e tudo; disse depois que descobriu que aquilo afinal não passava de uma farsa, de uma reunião de negacionistas. Por mais que leia isto não consigo entender tamanha ingenuidade - uma estória muito mal contada).
Na altura do “congresso”, o alienado repetiu novamente a necessidade de limpar Israel do mapa. E foi aplaudido, pois claro (os aplausos ouviram-se fora do “congresso” também). As vozes contra este discurso têm sido tímidas, principalmente na Europa (excepção feita à Alemanha). Escrevi, na altura, à embaixada iraniana em Portugal, para lhes dizer que nem todo a gente bate palmas à demência do seu presidente.
Entretanto, este país está a desenvolver energia atómica. Dizem que é para fins energéticos (isto num dos maiores produtores de petróleo do mundo). A Agência Internacional de Energia Atómica já, por várias vezes, denunciou que o Irão não pára nem aceita o acompanhamento do processo. E, no entanto, nada acontece e o tempo corre a favor de Ahmedinejad e dos Ayahtolas.  A comunidade internacional limita-se a fazer um ultimato para que parem, e outro, e outro, e outro. É tempo de fazer algo que doa. Um ultimato que, se não obedecido, traga consequências. Políticas, primeiro, depois económicas, e, finalmente -nunca as podemos excluir-  militares. Para que isto não passe de um mero pesadelo. 

radiomafia às 22:39
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